A população de Bela Vista vem enfrentando longos meses de dificuldades devido à falta de um posto de atendimento presencial da Energisa, responsável pela distribuição de energia elétrica na região. A ausência de um escritório físico da concessionária impactou diretamente milhares de moradores, especialmente os mais vulneráveis.
A falta de um ponto de atendimento presencial gerou uma série de prejuízos para a comunidade local. Com mais de 21 mil habitantes, incluindo cidadãos da cidade gêmea de Bella Vista do Norte, na fronteira com o Paraguai, a cidade carecia de soluções rápidas e acessíveis para problemas essenciais como religação de energia, negociações de débitos e esclarecimentos sobre tarifas. Além disso, a crescente população idosa e a baixa familiaridade com meios digitais complicaram ainda mais o acesso aos serviços prestados pela Energisa. Muitos cidadãos não possuem acesso à internet de qualidade ou enfrentam dificuldades com as tecnologias, o que impossibilitou o uso de canais online ou telefônicos para resolver suas questões.
Cansada de ver sua população prejudicada e após uma série de tentativas de negociação com a própria Energisa, a Prefeitura de Bela Vista, liderada pelo Prefeito Gerardo Gabriel Nunes Boccia, não teve outra escolha senão recorrer à AGEMS (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul) para que a situação fosse resolvida de forma imediata.
A AGEMS, após analisar o caso, concluiu que a Energisa estava descumprindo a Resolução Normativa ANEEL nº 1000/2021, que obriga a concessionária a manter postos de atendimento presencial em municípios com mais de 2.000 unidades consumidoras. O relatório da AGEMS apontou que a Energisa não estava oferecendo o atendimento presencial conforme exigido pela legislação, criando um cenário de descaso com os consumidores de Bela Vista.
Com o apoio da Câmara Municipal e do PROCON de Bela Vista, que também se uniram à luta pela reabertura do posto, a pressão sobre a Energisa aumentou. A AGEMS notificou a concessionária e estabeleceu um prazo de 15 dias para que a Energisa apresentasse uma programação detalhada sobre quando resolveria a questão.
Caso a Energisa não cumpra com as obrigações determinadas pela AGEMS, a empresa poderá sofrer sanções da ANEEL, incluindo penalidades financeiras, e poderá ter sua licença de operação revista. A união da Prefeitura, Câmara Municipal e PROCON tem sido fundamental para garantir que os direitos da população de Bela Vista sejam respeitados.
Agora, a comunidade de Bela Vista aguarda ansiosamente o cumprimento das determinações, com a expectativa de que, em breve, o posto de atendimento presencial será reaberto, trazendo mais eficiência e acessibilidade aos serviços essenciais de energia elétrica, e proporcionando a dignidade que a população merece.